quarta-feira, 17 de outubro de 2012

A grande neblina republicana

Artigo de Égon Nascimento



Deodoro da Fonseca: herói? vilão?
ou um inocente útil???
Há 122 anos, Deodoro da Fonseca derrubava o imperador Pedro II através de uma quartelada executada pela madrugada. Enquanto os brasileiros dormiam, o imperador era destituido de seu trono para matar toda a sede de poder que atormentava uma minoria republicana. Sem nenhuma resistência, Pedro II foi preso e, logo em seguida, mandado para o barco que o levaria para o exílio. Tal barco já possuia hasteada a vergonhosa bandeira dos "Estados Unidos" do Brasil. O imperador faleceu em 5 de dezembro de 1891 de pneumonia, deixando para trás, um país órfão e à mercê de estranhos.

Passaram-se os anos. Podemos ver atualmente que o nosso país ainda está cercado de patrimônios imperiais, desde casarões históricos a instituições que funcionam até hoje! Porém, o mais impressionante foi o grande esforço da república em provocar uma série de vandalismos com a própria história, uma tentativa de apagar a delicada memória do Brasil, ou seja, negar o passado do Brasil para os brasileiros. Seja ele em alterar a história, ou abandonar patrimônios públicos, como aconteceu com as ferrovias por exemplo.
Vemos em livros didáticos, o modus operandi da república em difamar o Império através de histórias distorcidas do Primeiro Reinado. A figura de D. Pedro I é sempre associada a autoritarismo, como se a única coisa que ele tenha feito teria sido apenas mandar e esbanjar dinheiro. As revoltas são outro assunto que a história oficial republicana distorce, como se o povo brasileiro fosse hegemonicamente republicano e tivesse exigindo o fim da monarquia, até que então, acontece a abdicação.

Mas as distorções não param por aí, no Segundo Reinado não se explica quase nada sobre a vida e a pessoa do imperador Pedro II. O método de ensinamento é simples: em geral, resume-se apenas a Guerra do Paraguai, a questão abolicionista e o golpe militar que "fez o Brasil ser um país mais sofisticado". Quanto a Guerra do Paraguai, vemos ensinamentos marxistas onde a guerra é tratada pelos interesses "imperialistas" dos britânicos e que havia um jogo de cartas marcadas em meio aquilo tudo, quando na verdade não era nada disso. E no final, colocam todos os combatentes da guerra como republicanos convictos e dispostos a derrubar a monarquia a qualquer custo, porque "ela era a principal causa do atraso no Brasil". E finalmente, o Golpe Militar que derrubou D. Pedro II é sempre visto como um golpe que salvou o Brasil, e que Pedro II teria sido finalmente expulso do trono e do Brasil como uma pessoa totalmente desagradável, para a "alegria geral da nação".

Também existem outros métodos utilizados pela mídia para difamar a monarquia brasileira ainda mais, usados ao longo desses anos de maneira descarada, como novelas, minisséries, filmes, etc. Isso porque, por se tratar de um país republicano, é FUNDAMENTAL que qualquer verdade sobre os belos feitos do Império não cheguem ao imaginário do povo brasileiro, e sim, deve-se perpetuar a visão de um sistema de governo racista, escravagista, atrasado, inimigo do surfrágio universal e inimigo dos direitos do cidadão. Porém, eles em nenhuma circunstância poderão apagar a pequena chama do Império que ainda se mantém acesa no coração de muitos brasileiros...

Quem sabe um dia?

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