segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Palavra do presidente: Repúdio

Reproduzimos neste espaço um desabafo de Italo Lorenzon Neto, publicado no grupo do Facebook Juventude Monarquista: 
 
Tomei a liberdade de escrever uma nota de repúdio ao ocorrido em Franca. Aqueles que concordarem com as minhas palavras, peço que me ajudem na divulgação, inclusive se possível, na mídia oficial. É óbvio e estabelecido, entre aqueles cidadãos de bem que possuem consciência de que nossas tênues e frágeis instituições da tolerância e do respeito, ou em linguagem política, do Estado Democrático de Direito, dependem antes de tudo ao respeito e a possibilidade de diálogo entre ideias e opiniões divergentes. Nossa democracia, com todos os defeitos ainda por serem corrigidos, não pode progredir de maneira nenhuma à base de uma mentalidade de recorrente intervenção violenta contra a exposição de qualquer ideia, principalmente contra uma que em momento algum se negou ao saudável e edificante diálogo.
 
Os alunos da Unesp de Franca (não todos, evidentemente, mas uma minoria) deram uma demonstração de vergonhoso tratamento das instâncias éticas que baseiam o Diálogo democrático ao agredir verbalmente com injúrias e gritos de guerra, um senhor de idade que ali estava para dividir sua visão de mundo e experiência com aqueles interessados em ouvi-lo.
 
Porque agredir dessa forma um senhor de setenta e quatro anos? Porque suas ideias contrastavam com a de alguns ali presentes? Quais foram seus crimes? Dom Bertrand de Orleans e Bragança foi julgado e sentenciado a execração pública pelo “crime de anti-comunismo”. De se opor à uma ideologia que causou a morte de cem milhões de pessoas no século XX e ainda hoje causa a morte dos espíritos de nossos jovens que não se incomodam de chamar de nazista um movimento que tem como heroína, precisamente aquela que tanto se sacrificou pela liberdade dos negros, a Princesa D. Isabel, a Redentora e bisavó de D. Bertrand. Não se incomoda de chamar de opressores justamente aqules que lutam pela liberdade, seja de mercado seja de consciência, tão necessários para aplacar as misérias, materiais e espirituais.
 
Certamente, nunca uma pessoa de bem, muito menos um monarquista ou o próprio regime monárquico jamais tratou a “esquerda” como ela tratou dom Bertrand, mas seria pedir demais que retribuíssem o favor. Esse comportamento algazarreio e desrespeitoso, não só contra dom Bertrand, mas contra a liberdade, as tradições, a moralidade de costumes e de ações que ele representa só demonstra o quanto nossas universidades (e eu como universitário bem posso ver isso) estão deixando de formar espíritos e estão formando militantes de causas há muito falidas. Em nome dos monarquistas, faço o apelo, não apenas aos meus companheiros de causa, mas à todos os homens e mulheres de bem, conscientes de seu dever cívico do respeito, da tolerância e da ética como norte das atitudes, que repudiem essas demonstrações tão típicas da chamada “esquerda” no Brasil e exortem ao fato de que ações e ideologias violentas como essa não possuem lugar no Brasil para todos os brasileiros, que almejamos construir.

Um comentário:

  1. Caro Dom Bertrand infelizmente alguns brasileiros não sabem dar valor a Monarquia Brasileira, que se não estivesse existido, o Brasil não seria hoje esse país continental.
    A capacidade intelectual do nosso imperador Dom Pedro II não se compara a nenhum governante que o Brasil já teve.
    Essas pessoas que atacam o senhor deveriam saber que o país chamado Brasil foi uma ideia concebida no seio da monarquia e posta em prática pela família real.
    O Brasil poderia ter avançado muito mais se continuasse monarquia, tal como o Reino Unido, Japão, Suécia, Holanda, etc.
    Infelizmente as pessoas seguem uma ideologia que aprenderam, sem questionar e refletir ensinadas por outras pessoas de visão curta.
    Os brasileiros precisam acordar e sair dessa cultura de massa e tentar enxergar as coisas como elas são.
    Atenciosamente,

    Roberto

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